As Catacumbas Romanas

A princípio; podemos definir as Catacumbas Romanas como construções subterrâneas que serviram como sepulturas ao longo dos séculos. Sua concepção remonta ao segundo século e seu uso persistiu até meados do quinto século. Estes túneis subterrâneos se destinavam sobretudo para abrigar os restos de pagãos, judeus e dos primeiros cristãos de Roma.

O termo “Catacumbas” provém da expressão “ao lado da pedreira”, uma vez que essas áreas de descanso foram inicialmente escavadas nos arredores de Roma, adjacentes a pedreiras.

Ao contrário da tradição pagã de cremar os corpos, os cristãos, em busca de soluções para a falta de espaço e o custo elevado da terra, conceberam esses vastos cemitérios subterrâneos.

As catacumbas constituem analogamente uma complexidade de túneis subterrâneos, formando autênticos labirintos com quilômetros de extensão, ao longo dos quais foram esculpidas fileiras de nichos retangulares. Os defuntos eram envolvidos em sudários e acomodados nesses nichos, que posteriormente eram lacrados com lápides de mármore ou argila cozida, nas quais eram gravados os nomes dos falecidos, muitas vezes acompanhados de símbolos cristãos.

As Catacumbas Romanas Hoje

Na cidade de Roma, encontram-se mais de sessenta catacumbas, que englobam extensas galerias subterrâneas que acomodam milhares de sepulturas. Apesar disso, atualmente, apenas cinco estão abertas ao público:

1. As Catacumbas de São Sebastião, situadas na Via Ápia Antiga Via Ápia Antiga, 126, estendem-se por 12 quilômetros, nomeadas em homenagem a São Sebastião, um soldado martirizado por converter-se ao cristianismo.

2. As Catacumbas de São Calisto, também na Via Ápia Antiga, 126, compreendem uma complexa rede de 20 quilômetros de galerias e abrigam os túmulos de dezesseis papas e dezenas de mártires cristãos.

3. As Catacumbas de Priscila, localizadas na Via Salaria, 430, preservam afrescos de valor histórico e artístico, incluindo as primeiras representações da Virgem Maria.

4. As Catacumbas de Domitila, na Via delle Sette Chiese, 280, abarcam mais de 15 quilômetros e receberam o nome em homenagem à sobrinha de Vespasiano.

5. As Catacumbas de Santa Inês, situadas na Via Nomentana, 349, serviram de sepultura a Santa Inês após seu martírio pela fé cristã, daí o nome.

Curiosidades Acerca das Catacumbas Romanas

Sabiam que as Catacumbas eram antigos cemitérios subterrâneos utilizados pelas comunidades cristãs e judaicas na região de Roma? As catacumbas cristãs são as mais numerosas e tiveram início no segundo século, expandindo-se até meados do século V.

Você tinha conhecimento de que, de acordo com a lei romana da época, era proibido enterrar os mortos no interior da cidade? Por essa razão, todas as catacumbas foram estabelecidas fora dos limites da cidade. Esses locais proporcionavam um refúgio subterrâneo isolado e secreto, onde os cristãos podiam sepultar seus entes queridos, utilizando livremente símbolos cristãos.

Por Que Visitar as Catacumbas?

As Catacumbas Romanas proporcionam uma curiosa jornada ao coração da cidade, onde se podem contemplar os vestígios funerários de sepulturas de eras passadas. Essa viagem pelos corredores escuros e úmidos oferece uma perspectiva de uma parte oculta da história de Roma, bem como a elevada mortalidade infantil da época, além de algumas sepulturas maiores nas quais famílias inteiras eram inumadas.

Nesse percurso singular, um guia especializado no tema compartilhará informações valiosas sobre as Catacumbas e a era em que foram utilizadas.

Como Visitar as Catacumbas de Roma?

As Catacumbas de Roma são acessíveis somente mediante acompanhamento de um guia, sendo possível participar de visitas em grupo com o tema “Roma Cristã e as Catacumbas” para desvendá-las.

Outros Pontos de Interesse na Região

Próximo às Catacumbas de Roma, encontra-se as Termas de Caracalla, que outrora foram um dos maiores e mais espetaculares centros termais da antiguidade. Os romanos as utilizavam não apenas para higiene, mas também para aprimorar suas relações sociais.

Pouco distante das Catacumbas, encontra-se o Museu Nacional Romano, um museu arqueológico que abriga coleções relacionadas à história e cultura da cidade. Atualmente divide-se em quatro locais: a Cripta Balbi, o Palazzo Massimo, as Termas de Diocleciano e o Palazzo Altemps.